FERNANDO NEVES

Em 1975, Fernando Neves tira a sua primeira licença desportiva de motocross júnior e o seu pai compra-lhe uma Simonini através de Elisio Fresco por pouco mais de 30.000$00 e as vitórias começam a surgir.
Em 1976, Fernando Neves vai a Maranelo em Itália para comprar a sua Segunda Simonini, conhecendo aí pessoalmente Enzo Simonini,de quem fica amigo.
As Simonini eram máquinas imbatíveis e em 1978 vence o primeiro título sénior 50cc e no ano seguinte fica em segundo.

ARC (Almerindo Ribeiro da Cruz)

O nome ARC , são as inicias do nome de Almerindo Ribeiro da Cruz.
O Sr.Almerindo Cruz possuia uma oficina de reparação de motorizadas que se situava em Algueirão, perto de Sintra.
Na década de 70, com a popularidade do Motocross a crescer por todo o país fez despertar a atenção do Sr. Almerindo, ficando este com a ideia de construir uma motorizada de competição.
O problema é que naquele tempo era extremamente difícil obter material para competição, este tinha que vir do estrangeiro, além de caro era difícil de arranjar, pois este tinha de entrar clandestinamente no país.
As primeiras experiências foram feitas com um quadro ‘Mondial’ todo transformado para acomodar um motor Sachs de 5 velocidades. A nível de suspensões era utilizada a clássica Ceriani com amortecedores da mesma marca.
Depois das horas de serviço é que eram construídas estas máquinas, onde a preparação do motor era cada vez mais elaborada. De uma forma diferente do habitual para a época, que se baseava no empirismo, o Sr. Almerindo socorria-se de toda a informação que conseguia obter para o desenvolvimento dos seus motores e escapes. Também os quadros eram cortados, reforçados, alterados no ângulo de incidência das suspensões, os braços oscilantes eram de fabrico próprio, enfim, tudo aquilo que podia transformar uma vulgar motorizada de estrada num modelo de competição.
Sempre fiel ao motor SACHS que adaptou em vários quadros, como o Gilera, o Fantic ou mesmo o da Honda Elsinore.

ANTÓNIO DA COSTA TAVARES

António da Costa Tavares, nasceu em 13 de Março de 1950.

A primeira corrida em que participou foi as 3 Horas da Picoa, no alto da Maia, corrida ganha pelo Abilio Fernando.

Correu com uma sachs V5 de estrada, só com algumas modificações,como curiosidade, refira-se que as principais diferenças entre a SIS- Sachs V5 de estrada e o modelo de cross eram; a roda da frente de 19' (Trás 17'), guarda lamas da frente "alto" e guiador mais alto e com uma travessa de reforço, e ausencia de instalação electrica.
Foi piloto oficial Sachs e EFS.

O piloto internacional que mais admirava era Joel Robert.

O piloto nacional que mais admirava era Antonio Rodrigo.

Foi o primeiro piloto Português a vencer uma prova internacional em Braga, nos anos 70.

STAMIR (ANTONIO SOARES MIRANDA)

Mais um magnífico exemplar de uma STAMIR , com um motor Casal de 6 velocidades e um cilindro Zeta.

Este foi o ultimo modelo produzido pelo Sr. Miranda.
Uma máquina muito linda e com um motor Casal Huvo.
Quem ouviu esta máquina a trabalhar dizia que o seu som era infernal.

Algumas máquinas de construção própria:

Ao lado: Sr. Antonio Soares Miranda e Antonio Rodrigo, na sua Oficina.

MACAL

Anos 70-Pista de Salgueirô ( Casal d´Álvaro).

Foi na década de 70 que a Macal fez a sua primeira participação em provas de Motocross, na prova de Leça do Balio. José Torres Sousa , com o nº 59, surgiu aos comando de uma Macal M70 com motor Sachs de 5 velocidades, especialmente transformada para Motocross. O piloto obteve o 2º lugar final na prova.
No primeiro campeonato realizado, o piloto José Torres Sousa, sagrou-se Vice-Campeão Nacional no escalão de consagrados.
Após este primeiro ano, Isaac Caetano, criou uma estrutura integrada na secção de protótipos, onde desenvolveu novos quadros e acessórios, que após testados na competição, eram introduzidos nos modelos de produção corrente. Por exemplo, o modelo GTX derivou da 50cc com motor Sachs 50cc de 6 velocidades com que Torres Sousa se sagrou Campeão Nacional de Moto-Cross 50cc, classe consagrados com o nº 48.

Ao Lado: José Torres Sousa, 1º piloto oficial(cross e velocidade). Campeão Nacional de 50cc e 125cc consagrados.

FRANCISCO ALGARVE

1ª Prova Motocross Praias do Sado-1973



1º Lugar em Águeda em 1973


Francisco Algarve nasceu em 29 de Janeiro de 1953.Estreou-se no Motocross em Maio de 1970, numa prova não oficial, na pista de praias de Sado em Setubal. Foi campeão Nacional em 50cc e 125cc em 1973.O ano da 1ª prova já com licença desportiva (tirada na altura da corrida), foi em Agosto de 1971 em Sesimbra ficando em 7º Lugar. A pista que mais gostava era a de Casal d`Alvaro em Águeda, não só pela pista mas pelo ambiente á volta de toda a organização e pelo 3º Lugar arrancado com a máquina preparada pelo próprio e a deslocação feita para essa pista de comboio, com duas transferências de Carruagem e depois mudança para a linha do Vouga com comboio a Vapor e chegada a Águeda, com 2 graus negativos ao descarregar a moto, algo inacreditável.O piloto Nacional que mais admirava era António Tavares.
O piloto Estrangeiro que mais admirava e chegou a conviver com ele no campeonato do mundo em Barcelona, foi Joel Robert, pois era um piloto sem preconceitos nem vaidade.
O episódio que mais o marcou, foi numa prova em Coimbra se vencesse era Campeão Nacional, conseguiu vencer mas ficou sem gasolina, quando foi analisar o porquê, verificou que o tinham sabotado o tubo de gasolina.

MACAL E FANTIC

SALTOS

FEDERAÇÃO PORTUGUESA MOTOCICLISMO

CORRESPONDÊNCIA

LICENÇA DESPORTIVA

MINI-MOTOCROSS NA IMPRENSA

PILOTO DE SAIAS

Não importava o equipamento, o que importava era participar. E esta miuda andava bem.

ALEXANDRE ULISSES SOUSA NOGUEIRA

Alexandre Ulisses nasceu em 31-08-1952,a sua primeira corrida foi em 1969 em Gueifães-Maia, com uma Vilar-Casal de 2 velocidades de mão. Sagrou-se campeão em 1972.

O piloto estrangeiro que mais admirava era André Malherbe, chegando inclusivamente a correr com ele na classe sub-21.

O piloto Nacional que mais admirava era o Manuel Massadas e Mota Dentinho.

As primeiras máquinas que correu eram preparadas pelo próprio, mais tarde eram preparadas pelas Fábricas para quem corria, exemplos: Vilar, EFS, SIS SACHS,CASAL, PUCH-DISBIMOTO.

O principal apoio que tinha eram das marcas para quem corria, mas também da Sumol e da Timex.

As pistas que mais gostava eram: Águeda-Casal de Álvaro, Mercês e a pista da Taboeira de Aveiro.

O momento mais marcante foi numa das provas de Campeonato Nacional, onde se encontrava magoado num dos joelhos, não conseguindo pousar a perna no chão, alcançou a Vitória.

CASAL 50CC CROSS

A Casal 50cc Cross, encontrava-se à venda em qualquer representante «Casal» em 1977,ao preço de 33500$00, a de competição pronta para cross, a fábrica de Aveiro disponha de um reduzido numero ao preço de 42000$00.Esta «Casal» de competição cross só se podia encontrar na sucursal da Casal em Sangalhos, pois era aí o departamento de montagem dessas máquinas.

ABÍLIO FERNANDO DOS SANTOS FERREIRA

Abílio Fernando nasceu em 27 de Setembro de 1950. Iniciou-se nas competições em 1967 com uma «Dunia» 50cc de 5v, tendo conseguido um Título para a Confersil e 4 para Sachs SIS, foi um dos melhores pilotos de 50cc.

Gostava de todas as pistas, corria em qualquer pista, desde que ela fosse difícil e que tivesse a segurança necessária.

Tinha o patrocínio da Sachs com fornecimento de material, pelo que teve sempre uma boa máquina de corrida.

O piloto que mais admirava era António Rodrigo, pois foi o único piloto que o venceu.

Tendo feito provas em 125cc, dizia que a diferença entre 50cc e 125cc era que"em 50cc tenho de tirar-lhe os cavalos cá para fora,enquanto uma 125cc, tenho que aguentá-los e poucas vezes se tira o rendimento total de uma máquina de 125cc ou 250cc".

MANUEL BAGUIM

Manuel Baguim, nascido em 26 de Abril de 1954, fez a sua primeira corrida no Castêlo da Maia.

A sua primeira moto foi uma KTM. O piloto estrangeiro que mais admirava era Heiki Mikkola.

Sagrou-se Vice-Campeão em 1976, sendo patrocinado pela Moto Reparadora de Catassol de Bernardino Torres que lhe emprestava as motas para ele correr.

De salientar que Manuel Baguim além de correr na classe 50cc, também corria em 250cc.

COMO ALTERAR QUADRO CASAL K188

Se tem um quadro deste tipo e precisa de um excelente quadro para Cross, proceda do seguinte modo: A foto dá-lhe uma pequena ajuda.

Primeiramente de um dos lados do quadro corte o tubo, que vai do V formado por cima do eixo do braço oscilante à parte superior traseira(fixação original do amortecedor); corte dois tubos, encha-os com areia e depois dobre-os a calor de maçarico.

Solde-o a aparelho semi-automático de soldadura. O tubo onde cria a fixação superior dos amortecedores, fará um ângulo para diversas posições, desde os 45 aos 90º.

A fixação inferior dos amortecedores de 360mm, faz-se à frente do eixo da roda, no braço oscilante, tanto quanto for necessário ao curso dos amortecedores, para que a roda na posição superior não toque no guarda-lamas ( só o necessário, nada de exageros de altura da roda traseira).

Não se esqueça de ao criar a fixação avançada no braço oscilante, de dar certo reforço ao mesmo, para que este não lhe faça uma surpresa e quebre.

Substitua o sistema original da coluna, por rolamentos de roletos cónicos.

Este quadro é o mais válido que a Casal concebeu, já que a sua concepção se fundamenta em protótipo Holandês, realizado por um especialista chamado «Boele» e que data de 1972.

Alterando-lhe também o berço inferior podemos adaptar um motor Sachs.

EDUARDO SANTOS

50cc JÚNIOR