segunda-feira, 26 de agosto de 2013

CASAL K-188 CROSS

A "K-188" Cross é um verdadeiro exemplo de uma máquina de competição-cliente. Na classe, poucos competidores terá na Europa.

O modelo classico, básico, da "Casal", com quadro em fundição de aluminio injectada,tem agora um aspecto inteiramente diferente, ainda que a estrutura seja a mesma. Dispõe de largas superficies cromadas que lhe dão uma aparência moderna, recordando o estilo japonês mas com personalidade própria.O garfo é agora telescópio, com amortecimento hidráulico e retentores protegidos por foles de borracha. Os travões são de dupla came, quer à frente, quer a trás, o que é unico, entre as motorizadas produzidas em todo o mundo, pois se trata de uma caracteristica só encontrada em máquinas de competição-cliente. A designação deste modelo tão rejuvenescido que se pode considerar inteiramente novo é a de "K-188 S".O motor utilizado é o de 5 velocidades com 6.5 cv.

MOTOCROSS 72




O Campeonato Nacional de Motocross de 1972, caracterizou-se pelo cumprimento total das provas que o constituiam: nada menos de 12.
De salientar que a maior parte(8), se realizaram a Norte. Quer as organizações, quer os pilotos, evoluiram acentuadamente, embora muito falte para que os praticantes do nosso motocross possam ombrear com os estrangeiros, pois ainda não puderam dispor do tempo necessário para adquirir uma prática comparável. Note-se que a modalidade tem apenas 5 anos de existência entre nós e a maioria dos corredores de nível Internacional necessitam de um minimo de 10 anos para se formarem.
As provas, na sua gerenalidade, já que Alenquer e Castelo da Maia foram excepções e a de Vila Real nem merece referência, obedeceram a um figurino aceitável. Entre todas distinguiu-se a do Grande Prémio de Leça do Balio, que foi até agora a unica realizada em moldes verdadeiramente internacionais, entre nós, com utilização do sistema de mangas e a adopção de um percurso ainda inigualado.
Quanto aos pilotos, logo no principio do ano  no II Grande Prémio de Abril em Portugal,distinguiram-se aqueles que mais tarde viriam a ganhar o Campeonato. De lamentar, logo então, o afastamento de Abilio Fernandes, antigo campeão nacional de 50cc, por acidente de viação sofrido em serviço militar.
Assim, Torres de Sousa, na classe de 50cc- consagrados, ganhou a primeira prova e quase todas as outras. Em 125 cc - consagrados, aconteceu o contrário e António Tavares ganhou e Manuel Massadas desistiu.Mas curiosamente, durante o resto do ano as vitórias foram todas para Manuel Massadas, tendo António Tavares desistindo na maior parte das provas.
Em 250 cc- consagrados, foi Manuel de Almeida o primeiro vencedor, beneficiando da pouca sorte de António Tavares e Manuel Massadas. este com uma tremenda recuperação que demonstrou já as suas possibilidades com a nova Husqvarna. Durante o campeonato estabeleceu-se acesa luta entre Tavares e Massadas.
Em 125 cc- Iniciados, Miguel Pimenta ( um dos pilotos que mais se distinguiu durante o ano) deu supremacia e acabou por levar a melhor, conquistando o Campeonato.
Em 50 cc- Iniciados, a primeira prova foi ganha por Alexandre Ulisses, que quase veio a consagrar-se Campeão Nacional,podendo-se até dizer que a má orientação (e desconhecimento da modalidade) por parte dos dirigentes da marca que representava veio a ser afastado do titulo na ultima prova. É que aqueles, na ultima prova do Campeonato, permitiram que os outros pilotos da sua equipa permanecessem à frente de Ulisses, que tinha a máquina em deficientes condições. Consequentemente, Ulisses viu-se relegado para o 7ºlugar, quando o 5º lugar teria sido bastante para o tornar Campeão.